David Nasser e Jean Manzon tornaram-se então a mais famosa dupla de repórter/fotógrafo do Brasil, no final dos anos 40 e início dos 50. Trabalhando para a Revista O Cruzeiro, levaram a referida revista a vendas recordes de venda. A ditadura calou David Nasser, prendendo um sobrinho e a esposa que grávida perdeu o filho. Ah, David Nasser era paulista e Jean Manzon francês, e a dupla era responsável pela série ‘Grande Reportagens’, que alavancava a venda do O Cruzeiro.

Numa das reportagens, feita no Ceará, com um dos mais importantes ‘coronéis’ locais da época, e surpreso com a grande riqueza do entrevistado, David Nasser perguntou se ele não queria ser deputado? A resposta foi imediata, deputado! Eu tenho 5! Eles não votam nada sem me perguntar!

A Capital do Brasil era o Rio de Janeiro, e já, naquela época, os votos dos deputados tinham um valor de mercado.

Hoje o mesmo congresso que apoiava Bolsonaro, apoia Lula. Não há presidente que possa fazer o que quiser. Os ‘coronéis’ se foram, hoje os deputados não precisam vender os votos, eles já tem as emendas obrigatórias aprovadas. E as vendem, para novos ‘coronéis’. Os deputados foram eleitos para fazer leis para o povo, mas fazem leis para proteger a eles mesmos. O lema é “DESCRIMINALIZAR A POLÍTICA”, enquanto os criminosos, conseguem se eleger nas diversas câmaras do País.

Eu nunca vi ‘detetizar’ um local sem insetos, vocês já viram?

Já dizia Cazuza, quando previu em sua música, “O tempo não para”, trocando museu por congresso. “Eu vejo o futuro repetir o passado //Eu vejo um museu de grandes novidades”. Atualíssimo, não?