Após a vitória aliada na Segunda Guerra Mundial, a ilha de Okinawa, no Japão, tornou-se o cenário de um gigantesco cemitério de veículos militares americanos. Os jipes que haviam sido cruciais nas linhas de frente, garantindo a mobilidade das tropas, subitamente tornaram-se obsoletos e supérfluos em tempos de paz.

Durante o conflito, os Estados Unidos produziram cerca de 360 mil jipes e 280 mil caminhões militares fabricados pela Ford. Com a rendição do Japão em 1945, parte dessa frota foi concentrada em Okinawa. Embora muitos tenham sido redistribuídos para bases globais durante os primeiros anos da Guerra Fria, um volume significativo permaneceu na ilha, abandonado ao relento pela logística militar.

Em 1949, um repórter da revista Life documentou o local, revelando ao mundo imagens impressionantes de fileiras intermináveis de veículos enferrujados, expostos às intempéries. As fotografias, amplamente divulgadas, simbolizaram não apenas o fim de uma era, mas também o custo material de guerras que deixam para trás não apenas histórias, mas montanhas de ferro esquecido.