O RISCO DE VOAR DE AVIÃO
Como um navio, o avião também voa por um meio fluido, o próprio ar, que também tem correntes, tem diferenças de densidade e produzem ventos. O avião vai cortando os ares. Então é de se esperar que atravesse regiões de maior ou menor pressão, regiões com maior ou menor temperatura do ar que, por este motivo, terão diferentes densidades, e mesmo correntes de vento, ora para uma direção, ora para outra, ora para ainda outra. Como um barco, o avião recebe o efeito destas variações, se desviando um pouco para cima ou para baixo, e para um lado ou para outro.
A boa notícia é que todo avião é feito para resistir à mais forte das turbulências, e de forma muito tranqüila. A mais forte das turbulências é incapaz de produzir qualquer dano à estrutura do avião, e, igualmente, é incapaz de prejudicar as forças de sustentação do avião. Desta forma, turbulências não oferecem qualquer perigo nem à estrutura, nem ao próprio vôo. E os pilotos sabem disso.
Claro que eles avisam à tripulação e aos passageiros sobre a ocorrência de turbulências, porque a única ameaça é contra passageiros que estejam em pé, ou que estejam nos assentos, mas sem o cinto de segurança afivelado. Estes podem ser jogados para cima em uma turbulênica mais forte, e podem se machucar ao bater contra a fuselagem do avião. Este é o único perigo.
Desta forma, é por isso que os pilotos avisam que passarão por uma área de turbulência, e determinam que todos estejam sentados, e com os cintos afivelados: para que ninguém tenha risco de se machucar. Com o avião e com a maioria dos passageiros, nada acontecerá. Todos os aviões passam por dezenas de turbulências todos os dias, e jamais se ouviu falar de um avião que tenha caido por causa de turbulências.
Não há porque se desviar de turbulências, porque o custo em combustível não justificaria o prolongamento da rota. O que os pilotos evitam, sim, são tempestades. Estas sim podem oferecer risco ao avião. Nem tanto pelos ventos fortes, mas sim por causa da possibilidade de ocorrência de granizo, que pode danificar a fuselagem, vidros e, principalmente, os radares e antenas à frente do avião.