MAIS UMA ÁREA QUE O BRASIL ESTÁ NA FRENTE NO “MUNDO VERDE”

Um mundo sem petróleo não é apenas uma possibilidade distante; para muitos, é um cenário desejável diante das mudanças climáticas e da busca por alternativas sustentáveis. É o futuro, um mundo sem CO2 para que seja sustentável.

A transição para uma economia com menor dependência de petróleo envolveria mudanças significativas em muitos setores, especialmente na produção de borracha, um componente essencial para diversas indústrias, desde automotiva até de calçados.

– A Volta da Borracha Natural

Historicamente, a borracha natural desempenhou um papel crucial na indústria. Produzida a partir do látex coletado de seringueiras, sua demanda diminuiu com a ascensão dos elastômeros sintéticos derivados do petróleo, como o polibutadieno. No entanto, em um mundo sem petróleo, a borracha natural poderia ver um renascimento. As vantagens são várias, incluindo sua biodegradabilidade e a possibilidade de produção sustentável, alinhada com práticas de silvicultura que podem apoiar ecossistemas locais e economias rurais.

O Brasil foi o pioneiro na produção de borracha natural, a seringueira, de onde se extrai o látex, é uma árvore nativa da Amazônia, que foi contrabandeada pelos ingleses e levada à Ásia, hoje o maior produtor do mundo é a Malásia.

– Borracha de Polibutadieno (BR) a partir de Etanol

É a borracha sintética mais parecida com a borracha natural, seu monômero butadieno é parecido com o monômero da natural, o isopreno.

O Brasil já tem experiência na produção de borracha sintética a partir de fontes renováveis. A produção de polibutadieno (BR) a partir de etanol é um exemplo notável. Esta tecnologia foi desenvolvida e implementada pela COPERBO (Companhia Pernambucana de Borracha), que transformava etanol derivado da cana-de-açúcar em butadieno, para a produção na produção de borracha BR.

A borracha de polibutadieno feita de etanol tem características idênticas à sua contraparte derivada de petróleo, sendo usada principalmente na indústria automotiva para a fabricação de pneus que exigem alta resistência ao desgaste e elasticidade. A produção de BR a partir do etanol não só reduz a dependência do petróleo, como também capitaliza a abundância de cana-de-açúcar no Brasil, promovendo uma cadeia de produção mais verde.