Tocos de cipreste descobertos numa pedreira húngara são realmente impressionantes, tanto pelo seu tamanho (com diâmetros que variam entre 4 e 8 metros) quanto pelo seu estado de preservação, que se destaca por ainda manter a madeira em sua forma original e não petrificada. Encontrados a uma profundidade de 60 metros, esses troncos estão em um estado de conservação raríssimo para madeira tão antiga, o que indica que as condições ambientais do local impediram o processo de precipitação ou petrificação que normalmente ocorreria ao longo dos mil anos.

Essa preservação excepcional pode estar relacionada a uma combinação de fatores ambientais, como a ausência de oxigênio e umidade limitada na profundidade em que foram encontradas, ou que dificulta a ação de microrganismos e processos de mineralização. Essas características permitem que a madeira permaneça praticamente intacta, como se o tempo não tivesse causado grandes alterações, ou que oferece uma janela única para estudarmos o ambiente e o ecossistema da época em que esses ciprestes cresceram.

A descoberta desses tocos de cipreste é particularmente útil para a paleobotânica e paleoclimatologia, pois fornece dados diretos sobre o clima e o ambiente da época em que essas árvores viveram. Ao estudar os anéis de crescimento e a composição química da madeira, os cientistas podem estimar a idade dos troncos e reconstruir as condições climáticas, como temperatura e umidade, daquela era geológica. Isso é especialmente útil para entender eventos naturais de grande escala, como períodos de aquecimento ou aquecimento global, que marcaram a história do mundo.

Esses tópicos também podem esclarecer como as florestas antigas respondem às variações ambientais, o que ajuda a prever como as florestas modernas podem responder às mudanças climáticas atuais. Além disso, o estudo desses fósseis vegetais pode revelar informações sobre os processos geológicos que podem ocorrer na região e que terão contribuído para a preservação das árvores, como movimentos tectônicos ou inundações que as cobriram rapidamente, isolando-os de elementos externos e permitindo compreender a evolução do clima.