A história dos monges do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, em Portugal, faz parte do imaginário popular e é, sem dúvida, uma narrativa interessante sobre controle de peso. A versão popular dessa história diz que, na Idade Média, os monges teriam que se servir de suas próprias refeições, mas havia um obstáculo peculiar: a porta da cozinha teria apenas uma abertura de 32 cm. Isso significaria que qualquer monge que ganhasse peso demais simplesmente não conseguiria passar pela porta para pegar comida, tornando-se uma “dieta infalível” baseada em uma limitação física.

Apesar de divertida, essa história não tem base histórica comprovada e parece mais uma anedota humorística. O Mosteiro de Alcobaça, um dos maiores exemplos de arquitetura cisterciense em Portugal, certamente seguia regras rígidas de disciplina e austeridade, mas a ideia de uma “porta estreita” como forma de controle de peso é provavelmente uma lenda ou exagero, refletindo o imaginário medieval em torno da vida monástica e da importância da moderação alimentar.

Na verdade, os monges cistercienses seguiam uma dieta bastante controlada, e a ideia de moderação fazia parte de sua prática religiosa. O simbolismo da história sugere, portanto, uma forma inteligente de lembrar a importância da temperança, uma virtude muito valorizada no ambiente monástico.