Os vikings costumam ser considerados uma nação única, mas eram mais precisamente pequenos grupos governados por chefes eleitos. Algumas dessas tribos, que viviam no que hoje é a Escandinávia, cooperaram entre si na organização de ataques a países estrangeiros.

“Viking” não se refere a um povo, mas sim a uma atividade. Nos dois séculos que abrangem a era viking, a maioria dos habitantes do norte da Europa estava envolvida na pesca, agricultura, comércio e artesanato. “Tornar-se viking era algo que um homem poderia fazer em sua juventude para acumular honra e legados de guerra, mas era raro para qualquer homem participar de ataques estrangeiros continuamente ao longo de sua vida”, escreveu Brian McMahon, estudioso da Universidade Oxford Brookes, em O Viking: mito e equívocos.

A origem do nome “viking” é incerta. A palavra nórdica antiga geralmente significava “pirata” ou “invasor”. Para McMahon, o termo se refere àqueles “que se aventuraram no exterior para invadir e saquear”. “’Vik’ significa ‘baía’ ou ‘riacho’ – como em Reykjavik, na Islândia, onde os emigrantes escandinavos se estabeleceram por volta do ano 870 d.C.”, ele diz.

O historiador sueco Fritz Askeberg oferece outra visão. O verbo vikjasignifica quebrar, torcer ou desviar, e os vikings, segundo explica Askeberg em seu livro sobre a cultura nórdica antiga, eram pessoas que romperam com as normas sociais típicas, abandonando suas casas e saindo para o mar em busca de fama e despojos.