É verdade que carros elétricos pegam fogo? Sim, mas é devido ao tipo de bateria usada na sua produção. Vamos ao caso que originou essa onda.

A General Motors, famosa por sua sigla, GM, e suas marcas, Chevrolet, Cadillac e outras famosas, ao ver que o futuro era elétrico, decidiu fabricar um dos modelos originais mais avançados de carro elétrico, o Bolt. o veículo foi lançado em 2016.

Mas como a GM não tinha a experiência em fabricação de baterias, o ‘coração’ de um carro elétrico, buscou um fabricante de baterias no sudeste asiático, região onde já havia fabricantes de baterias.

A GM exigia que as baterias do Bolt tivessem alta densidade energética, Isto é, guardasse o máximo de energia com um mínimo peso. A maior fábrica de baterias automotivas do mundo, a chinesa CATL, que fabrica as baterias dos carros da Tesla, declinou de fazer uma oferta junto com outras fabricantes. A coreana LG aceitou e produziu as baterias para os Bolts.

Aí surgiu um problema. Vários Bolt pegaram fogo enquanto a bateria era carregada. O governo americano ligou os incêndios às cargas das baterias e a GM foi obrigada a fazer um “recall”.  Este “recall” consistia em regular a recarga da bateria a 90% da carga original. Parte dos compradores reclamaram que haviam comprado um carro que percorria 400 km por carga completa de bateria e agora só podiam andar 360 km. A GM teve que pagar por isso.

Mas os incêndios continuavam a ocorrer e a GM teve que fazer um segundo “recall”. Neste “recall” a GM deu aos donos de Bolt um cabo elétrico longo e a recomendação de recarregar as baterias fora das garagens. 

Outra vez as autoridades de segurança dos EUA não gostaram da sugestão e obrigaram a GM a recomprar os mais de 120 mil Bolt vendidos. E ainda hoje as baterias de veículos elétricos mantêm a densidade de carga e só evoluíram no tempo de recarga, e os incêndios se tornaram raros.