O SILPHIUM
O silphium era uma planta altamente valorizada na Antiguidade, especialmente pelos gregos e romanos, tanto por suas propriedades medicinais quanto por seu uso culinário. Era considerada tão importante que sua imagem aparecia em moedas da antiga cidade de Cirene, localizada na atual Líbia, de onde a planta era originária.
– Principais usos e importância:
. Medicinal: O silphium era usado para tratar uma variedade de doenças — desde dores de estômago até problemas respiratórios. Alguns relatos antigos também sugerem que era utilizado como contraceptivo ou abortivo, o que aumenta ainda mais o mistério e o fascínio sobre seus efeitos.
, Culinário: Era empregado como um tempero requintado. O suco da planta, conhecido como laser (ou laserpicium), era especialmente apreciado.
. Valor Econômico: Era tão valioso que dizem que o estoque era controlado pelo governo, e um único caule podia valer seu peso em prata.
– Extinção
A planta foi considerada extinta já na época do Império Romano. Diz-se que a colheita excessiva, junto com a dificuldade de cultivá-la fora de seu habitat natural, levou à sua extinção. O último caule conhecido foi, supostamente, oferecido ao imperador Nero.
– O que era exatamente o silphium?
Essa é uma questão que intriga historiadores e botânicos até hoje. A planta verdadeira foi perdida, mas há hipóteses de que poderia ser uma espécie do gênero Ferula, como o asa-fétida (Ferula assa-foetida), que tem usos semelhantes e ainda é usado na culinária indiana e medicina tradicional.
Em Cirene esta planta adaptou-se ao clima desenvolvendo algumas características únicas, mas é a mesma planta conhecida e utilizada pelos romanos.