Nos anos 1930, a Austrália enfrentava uma infestação de besouros que estava prejudicando as plantações de cana-de-açúcar. Em 1935, os agricultores australianos importaram cerca de 102 sapos-cururus do Havaí, onde esses sapos já tinham sido usados para controlar pragas em plantações de cana. A ideia era que os sapos ajudariam a controlar a população de besouros, já que são conhecidos por serem predadores de insetos.

No entanto, o plano não funcionou como esperado. O sapo-cururu tem uma natureza terrestre e os besouros que ele deveria comer passavam grande parte do tempo nas partes superiores das plantas de cana. Como resultado, os sapos não conseguiram controlar a população de besouros. Além disso, os sapos-cururus se adaptaram bem ao novo ambiente e começaram a se reproduzir rapidamente.

Um problema significativo é que os sapos-cururus são venenosos. Eles possuem glândulas de veneno na pele, que podem ser fatais para predadores que tentam comê-los. Isso levou à morte de muitos animais nativos que tentaram se alimentar dos sapos, causando um impacto negativo na fauna local. A presença do sapo-cururu na Austrália é um exemplo clássico de como a introdução de uma espécie exótica pode ter consequências ecológicas desastrosas.

Hoje em dia há uma população de 100 milhões de sapos e é um problema para a Austrália, que gasta fortunas para controlar a população de sapos.