COMO LUTERO FOI SALVO DE MORRER NA FOGUEIRA

Martinho Lutero foi uma figura central na Reforma Protestante, um movimento que resultou em uma divisão significativa na Europa durante mais de um século. Em 1517, Lutero publicou suas 95 Teses, criticando práticas da Igreja Católica, como a venda de indulgências. Isso marcou o início de um movimento de reforma que desafiou a autoridade papal e levou à criação de diversas denominações protestantes.

Em 1521, Lutero foi convocado para comparecer perante a Dieta de Worms, uma assembleia do Sacro Império Romano, onde foi instado a retratar suas crenças e escritos. Lutero recusou-se a recuar, afirmando: “Aqui estou, não posso fazer outra coisa”. Como resultado, o Sacro Imperador Romano Carlos V, junto com a Igreja Católica, declarou Lutero um herege e o colocou fora da lei.

Frederico III, o Eleitor da Saxônia, desempenhou um papel crucial na proteção de Lutero. Preocupado com a segurança de Lutero, Frederico orquestrou um sequestro simulado para levá-lo ao Castelo de Wartburg, onde Lutero ficou em segurança e pôde continuar seu trabalho. Durante esse período, Lutero traduziu a Bíblia para o alemão, tornando-a mais acessível ao público e reforçando o movimento protestante.

Apesar de sua proteção a Lutero, Frederico III nunca se converteu ao protestantismo. Ele permaneceu católico romano por toda a vida, embora simpatizasse com muitos dos ensinamentos protestantes. A proteção de Frederico foi essencial para o sucesso inicial da Reforma Protestante, e sua neutralidade religiosa ajudou a manter a estabilidade em suas terras durante um período de grande conflito religioso.