LIMPEZA É CULTURAL?
Aqui no Brasil as prefeituras publicam orgulhosas que o prefeito João do Botequim colocou não sei quantas lixeiras públicas em sua cidade durante sua gestão. É um fato, sim, colocou mas a cidade ficou mais limpa?
O prefeito acha que colocando uma lixeira resolveu o problema do lixo, esqueceu que não basta colocar uma lixeira, tem que coletar o lixo ali depositado, que custa dinheiro. E manter a lixeira apta para ser usada, manutenção, que também custa dinheiro. E não dá para fazer comícios para mostrar o esvaziamento de uma lixeira, nem quando um operário aperta um parafuso, para manter a lixeira no poste.
E não vou falar do destino final do lixo que, se foi, retirado da lixeira. Afinal um comício num lixão jamais foi visto, não dá votos nem audiências, quem iria lá?
Então o gasto em implantação de lixeiras é suficiente para manter uma cidade limpa? Pelo que mostrei acima não! Aqui, moro na Cidade do Rio de Janeiro, a Comlurb, companhia responsável pela limpeza da cidade diz que funciona muito bem. Tem milhões de lixeiras na cidade, coleta diária de lixo ou de dois em dois dias. Não temos mais lixão, e sim, uma estação de tratamento de lixo. Mas o Rio de Janeiro é uma cidade limpa? Não precisa responder…
Conheço uma cidade que não tem UMA lixeira pública nas ruas! Sim, existe e é Tóquio. E Tóquio é uma cidade LIMPA.
É cultura, na Copa do Mundo no Brasil a seleção foi jogar no Recife, e ao acabar o jogo, todo o setor ocupado pela torcida japonesa estava mais limpo do que quando o jogo começou!
E, segundo o conhecimento público, não há lei japonesa que obrigue o cidadão japonês a manter suas cidades limpas, ao contrário do Brasil. Mas os parlamentares japoneses se preocupam com os verdadeiros problemas e não com as suas reeleições!