HISTÓRIAS DO CONGRESSO NACIONAL


Houve uma época que o Congresso Nacional era notícia nas paginas de política e não como agora nas de polícia.

Vou dar aqui alguns nomes, por coincidência do atual Estado do Rio de Janeiro.

Carlos Lacerda, um direitista esclarecido, foi um bom governador do Estado da Guanabara, antigo DF e hoje município do Rio de Janeiro, fazendo do combate a corrupção sua principal bandeira eleitoral, fazia um discurso contra corruptos na mesa quando um deputado fez um aparte, e o acusou de ser ladrão da honra alheia.

Lacerda respondeu ao desafeto que ele podia dormir tranquilo, pois ele não tinha nada para ser roubado.

Nelson Carneiro tinha como bandeira o divórcio, antes só havia o desquite, que era, mal comparando, dormir em casas separadas, mas continuando casados. Ah, vou lembra-lhes que aquela época a traição feminina era crime, listado no Código Penal.

Contra a Igreja, na época a dominante era a Católica, ele conseguiu aprovar o divórcio.

Houve também o Amaral Neto, apresentador de um Programa da TV Globo, em que mostrava o Brasil Grande, defendendo os governos da ditadura, que tinha como bandeira a pena de morte. Seu maior momento foi na constituinte de 1988, quando levou testemunhas pessoas que tiveram seus entes queridos mortos com requintes bárbaros. Alguns congressistas ficaram tocados, comovidos e até mesmo propensos em aprovar a pena de morte. Antes da votação final, o então deputado José Serra, de São Paulo, pediu a palavra e disse que se a pena de morte fosse aprovada, era preciso criar a carreira de carrasco no serviço público, e perguntou se seu preenchimento seria por indicação política ou concurso, e independente da maneira da escolha, a experiência prévia seria exigida! A pena de morte não foi aprovada…