Marlene Engelhorn, uma herdeira bilionária austríaca, tornou-se uma figura central no debate sobre a desigualdade econômica na Áustria e na Europa. 

Frustrada com a falta de medidas governamentais para tributar a riqueza, Engelhorn tomou uma decisão revolucionária: formar uma assembleia de cidadãos comuns para redistribuir sua fortuna. Esta assembleia, chamada “Bom Conselho para a Redistribuição”, é composta por 50 membros e visa criar um modelo mais justo de distribuição de sua riqueza. 

Ela herdou 4,2 bilhões de euros. Porém, antes mesmo dessa herança, ela já havia manifestado a intenção de doar 90% de sua parte, mas de forma especial. Ela é descendente direta de Friedrich Engelhorn, fundador da Badische Anilin-und Soda Fabrik (BASF), empresa química alemã, que vale 46 bilhões de euros. 

Engelhorn expressou repetidamente sua frustração com o governo austríaco pela falta de políticas eficazes de tributação de grandes fortunas. Ela acredita que uma concentração extrema de riqueza é insustentável e injusta, e que o governo deveria adotar medidas para garantir uma distribuição mais equitativa dos recursos. Em suas próprias palavras, “não é que eu não queira ser rica, é que não quero ser assim tão rica”.

Para fazer face a esta questão, Engelhorn formou o “Bom Conselho para a Redistribuição”, uma assembleia composta por 50 cidadãos comuns. Estes membros são responsáveis por discutir e decidem a melhor maneira de redistribuir a fortuna de Engelhorn de forma que beneficie a sociedade. Este movimento é uma tentativa de democratizar a riqueza e criar um modelo mais inclusivo de distribuição.

A decisão de Engelhorn teve um impacto significativo no debate sobre a desigualdade econômica, tanto na Áustria como em toda a Europa. Sua ação trouxe uma nova perspectiva sobre a responsabilidade dos ultrarricos e a necessidade de políticas fiscais mais progressivas. 

Além disso, ao permitir que cidadãos comuns participem na decisão de como sua riqueza deve ser redistribuída, Engelhorn desafia o status quo e promove uma abordagem mais participativa e equitativa na gestão de recursos.

A herdeira de 32 anos, não terá voz no processo. Apesar de sua riqueza ela vive uma vida humilde, raramente usa maquiagem e ela é a favor do aborto, do casamento igualitário e de políticas de mudança climática. Tem os braços cobertos de tatuagens, e usa roupas simples e confortáveis.