Por muitos anos a Marinha Inglesa foi considerada a ‘Rainha dos Mares’. Para manter a ordem e o poder num ‘Império onde o sol nunca se põe’, a Inglaterra sempre teve na sua potência naval, seu braço forte para manter seu império.

Para não ir tão longe no tempo basta lembrar da Guerra da Malvinas, que ficam a quase 13 mil quilômetros da Inglaterra, na qual a frota inglesa teve destacada atividade para a retomada das ilhas aos argentinos.

Mas como isso começou? Com uma derrota vergonhosa. Sim, os holandeses derrotaram a Inglaterra perto de Londres, apreenderam a nave mais importante da frota inglesa e a desmontaram na Holanda. 

A derrota inglesa na Batalha de Medway, em 1667, é frequentemente lembrada como uma das derrotas mais humilhantes da história da Inglaterra. Durante a Segunda Guerra Anglo-Holandesa (1665–1667), os holandeses lançaram um ataque surpresa ao rio Medway, próximo a Londres, e destruíram grande parte da frota inglesa ancorada em Chatham.

Os holandeses, sob o comando do almirante Michiel de Ruyter, conseguiram capturar o navio-almirante inglês “Royal Charles” e incendiaram várias outras embarcações, causando um impacto significativo na Marinha Real. O sucesso da operação holandesa revelou a vulnerabilidade inglesa e forçou o país a buscar rapidamente a paz, resultando no Tratado de Breda.

Essa derrota é lembrada com especial vergonha pelos ingleses, pois ocorreu praticamente “dentro de casa”, perto da capital, sem resistência significativa. Ela teve um efeito duradouro no prestígio da Inglaterra como potência naval e é considerada por muitos historiadores como um dos piores desastres militares da história britânica.