A ABOLIÇÃO DA CHIBATA NA MARINHA BRASILEIRA

Na ilustração o “Suplício do Grumete Cirne Lima a bordo do navio transporte “Marcílio Dias” ordenado pelo Capitão de Fragata Antônio Luís von Hoonholtz, Barão de Tefé. Ilustração do Periódico “O Mosquito ” denunciando o uso da chibata na Marinha Imperial Brasileira . 1874

No século XIX, as Forças Armadas brasileiras resolviam os problemas disciplinares castigando o corpo do infrator. No caso da Marinha de Guerra, o tipo de castigo (golilha, chibata, palmatória, prisão a ferros, solitária) e a quantidade aplicada (dias na solitária, pancadas nas mãos e costas) eram definidos após decisão de um Conselho de Disciplina formado pelo comandante e mais dois oficiais a bordo. Embora castigos semelhantes fossem utilizados em marinhas de guerras europeias – a russa até o início do século XX -, no caso brasileiro era muito difícil dissociar essas punições físicas em marinheiros daquelas praticadas legalmente em trabalhadores cativos do último país das Américas a abolir juridicamente esse tipo de disciplinamento. O fim do uso de castigo corporal na Marinha Brasileira acabou com Revolta da Chibata em 1910.