O ÍDOLO DA DIREITA EUROPÉIA
Átila, conhecido como o “Flagelo de Deus”, foi um dos mais temidos líderes dos Hunos, um grupo de tribos nômades que tiveram um impacto significativo no Império Romano durante o século V. Sua liderança e conquistas militares o tornaram uma figura lendária na história da Europa. Além do epíteto acima, sobre àtila dizia-se que “a grama não nasce onde ele pisava”, para mostrar sua crueldade.
– Origens e Ascensão ao Poder
Átila nasceu por volta de 406 d.C. e ascendeu ao poder como rei dos Hunos em 434, após a morte de seu tio, Rugila. Junto com seu irmão Bleda, ele inicialmente co-governou os Hunos. Em 445, após a morte misteriosa de Bleda, Átila assumiu o controle total e começou uma série de campanhas militares agressivas.
– Campanhas Militares
Átila é mais conhecido por suas incursões na Europa Oriental e na bacia do Danúbio. Ele extorquiu enormes somas de dinheiro do Império Romano Oriental através de tratados como o Tratado de Margus, que exigia pagamentos anuais em ouro e abria os mercados romanos para os comerciantes hunos.
A invasão mais famosa de Átila ocorreu em 451, quando ele invadiu a Gália (atual França). Ele foi eventualmente detido na Batalha dos Campos Cataláunicos, perto de Châlons-en-Champagne, pelas forças combinadas dos romanos liderados pelo general Aetius e dos visigodos sob o comando do rei Teodorico I.
Em 452, Átila invadiu a Itália, causando destruição em cidades como Aquileia e chegando às portas de Roma. No entanto, ele retirou-se após um encontro com o Papa Leão I, que supostamente convenceu Átila a poupar a cidade em troca de mais tributo.
– Morte e Legado
Átila morreu em 453 sob circunstâncias misteriosas – algumas fontes sugerem que ele sangrou até a morte em sua noite de núpcias. Após sua morte, o império dos Hunos rapidamente se desintegrou devido a lutas internas e pressões externas.
O legado de Átila como o “Flagelo de Deus” tem sido objeto de muitas interpretações históricas e culturais. Para alguns, ele é visto como um castigo divino enviado para punir os pecadores do Império Romano. Para outros, ele é um exemplo de liderança carismática e habilidade militar. Independentemente da perspectiva, Átila continua sendo uma figura icônica, representativa do fim da Antiguidade e do início da Idade Média na Europa, principalmente entre os partidos da extrema direita européia.