Johanna (Jo) Van Gogh-Bonger desempenhou um papel fundamental na preservação e disseminação da obra de Vincent van Gogh, e sua história é de extraordinária resiliência e visão. Quando Jo se casou com Theo van Gogh, ela já era considerada “solteirona” para os padrões da época, mas seu destino mudaria rapidamente após o casamento. Eles tiveram um filho, Vincent Willem, nascido exatamente nove meses depois. Infelizmente, nesse período, Theo já estava gravemente doente, acometido por sífilis, e ele faleceu apenas um ano após o nascimento do filho, pouco depois do suicídio de Vincent van Gogh.

De repente, Jo se viu viúva, com um filho pequeno e uma herança peculiar: cerca de 400 telas de um pintor praticamente desconhecido e amplamente rejeitado pelos críticos de arte. A carreira de Vincent Van Gogh, em vida, havia sido um fracasso comercial, e muitos teriam desistido diante de tal cenário. No entanto, Jo acreditava firmemente no talento de seu cunhado e fez disso sua missão.

Ao vender o apartamento em Paris e se mudar para a Holanda, Jo começou uma vida nova. Ela converteu sua casa em uma pousada e usou o espaço para sustentar a si mesma e ao filho, ao mesmo tempo em que promovia a arte de Vincent. Com grande determinação, Jo organizou exposições, enviou cartas para críticos e galeristas, e gradualmente começou a vender e promover as obras de Vincent van Gogh em todo o mundo.

Aos poucos, seu esforço começou a dar frutos. A visão artística de Jo e sua crença no talento de Vincent mudaram a percepção da crítica e do público. Sem ela, o legado de Van Gogh poderia ter se perdido. Jo Van Gogh-Bonger foi a verdadeira responsável por introduzir a obra de Vincent ao mundo, transformando-o no ícone que conhecemos hoje. Ela desempenhou um papel essencial na construção da reputação que Van Gogh tem atualmente, e seu impacto no mundo da arte é inestimável.