Marcus Vinicius Melo Morais, conhecido como Vinicius de Moraes, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1913. Filho do funcionário público e poeta Clodoaldo Pereira da Silva e da pianista Lídia Cruz, desde cedo já mostrava interesse por poesia.

Ingressou no colégio jesuíta Santo Inácio, onde fez os estudos secundários. Entrou para o coral da igreja, época em que desenvolveu suas habilidades com a música. Em 1928 começou a fazer as primeiras composições musicais. Em 1929, Vinicius iniciou o curso de Direito da Faculdade Nacional do Rio de Janeiro. Em 1933, ano de sua formatura, publicou seu primeiro livro de poemas intitulado O Caminho Para a Distância. Nessa época, já era amigo dos poetas Manuel Bandeira, Mário de Andrade e Oswald de Andrade.

Trabalhou como representante do Ministério da Educação na censura cinematográfica, até 1938, quando recebeu uma bolsa de estudos e seguiu para Londres, onde cursou Literatura Inglesa na Universidade de Oxford. Trabalhou na BBC londrina até 1939. Em 1940, de volta ao Brasil, iniciou a carreira jornalística no jornal “A Manhã”, escrevendo uma coluna como crítico de cinema.

Em 1943, Vinicius de Morais foi aprovado no concurso para “Diplomata” e seguiu para os Estados Unidos, onde assumiu o posto de vice-cônsul em Los Angeles. Serviu sucessivamente em Paris, a partir de 1953, em Montevidéu, a partir de 1959 e novamente em Paris em 1963.

Vinicius voltou definitivamente ao Brasil em 1964. Em 1968 foi aposentado compulsoriamente pelo Ato Institucional Número Cinco. O compositor era malvisto pelo governo militar, pois era artista e bebia. Foi expulso do serviço diplomático, depois de 26 anos de carreira.

Vinicius de Moraes foi um poeta significativo da Segunda Fase do Modernismo. Ao publicar sua Antologia Poética, em 1955, admitiu que sua obra poética se dividia em duas fases:

A primeira fase, carregada de misticismo e profundamente cristã, começa em O Caminho para a Distância (1933), e termina com o poema, Ariana, a Mulher (1936). A segunda fase, iniciada com Cinco Elegias (1943), assinala a explosão de uma poesia mais viril.