Joann Davis foi uma funcionária aposentada da NASA que alegou possuir um fragmento de rocha lunar, supostamente dado a ela por Neil Armstrong. Em 2011, ela tentou vender o fragmento, juntamente com uma bandeira americana, por 1,7 milhão de dólares. O governo dos Estados Unidos considera que todas as amostras de rochas lunares trazidas pelas missões Apollo são propriedade federal e, portanto, não podem ser vendidas ou trocadas legalmente por indivíduos particulares.

Davis e seu marido, que também trabalhou na NASA, tentaram encontrar um comprador para a rocha lunar, o que chamou a atenção das autoridades. Agentes federais disfarçados se passaram por compradores interessados e marcaram um encontro com Davis em um restaurante na Califórnia. Durante o encontro, os agentes revelaram sua identidade e confiscaram o fragmento de rocha lunar, além de prenderem Davis.

A defesa de Davis alegou que ela não sabia que a venda de rochas lunares era ilegal e que ela estava simplesmente tentando levantar fundos para cuidados médicos. No entanto, o governo argumentou que a posse e a tentativa de venda de material lunar são crimes federais, pois os materiais são considerados patrimônio dos EUA e de toda a humanidade.

O caso gerou debate sobre a propriedade de objetos trazidos de missões espaciais e a falta de clareza nas leis sobre a posse e comercialização de tais itens. Embora Joann Davis não tenha sido acusada formalmente de nenhum crime grave, o incidente serviu como um lembrete da complexidade legal em torno de itens espaciais e artefatos históricos.