Na Idade Média começou uma guerra comercial entre a República de Veneza e os turcos, representados pelo Império Otomano, que foi criado no ano de 1299. Os venezianos comercializavam as ‘especiarias’, produtos vegetais que eram usados em alimentos, com o objetivo de dar sabor, mas principalmente de conservá-los, numa época em que não existiam geladeiras.

As especiarias eram importadas do subcontinente Hindu, hoje Índia, Paquistão e Bangla Desh.

Após a longa viagem eram comercializados na Europa pelos mercadores venezianos, que, com os recursos obtidos neste mercado, se tornaram uma nação rica e poderosa.

Com a queda de Constantinopla, em 1453, fechando o caminho de chegada de especiarias aos venezianos, essa guerra, que tinha origem comercial, se tornou uma guerra religiosa, e com as tropas otomanas tomando boa parte dos territórios venezianos, no Mar Adriático.

Era uma guerra especialmente cruel. Os prisioneiros venezianos eram esfolados vivos pelos turcos e, em contrapartida, os turcos, uma vez prisioneiros eram obrigados a beber chumbo derretido. Há uma belíssima estátua de São Bartolomeu, esculpida por Marco d’Agrate, no século XVI, na Duomo de Milão, na qual o santo carrega, como um véu, a sua própria pele.

Os Otomanos, além de territórios de Veneza, tomaram outros territórios europeus e quase chegaram a Viena, quando seus exércitos foram derrotados na Batalha de Viena, em 1683. A batalha naval final dos Otomanos foi a Batalha de Lepanto, quando naves católicas, de Veneza, de Gênova, dos Estados Papais e da Espanha,000000000000 destruíram a marinha otomana.

O Império Otomano ficou no poder na Turquia até o fim da Primeira Guerra Mundial, quando a Turquia se aliou ao Império Austro-Hungaro e foi derrotada.