Entre 1915 e 1926, uma misteriosa e terrível epidemia, chamada encefalite letárgica, varreu o mundo, afetando um milhão de pessoas e causando mais de 500.000 mortes.

No início, a nova doença foi notada em Viena, mas com pouca ressonância entre o povo, devido aos sintomas estranhos e variáveis.

Logo, porém, a doença se espalhou para o resto da Europa, atingindo seu auge nos próximos três anos.

Os afetados caíram em um estado catártico, conscientes mas não totalmente despertos.

Os pacientes permaneceram quietos, sem se mover ou falar durante todo o dia, sem energia, sem qualquer forma de iniciativa, sem motivação, apetite, afeto ou desejo. A maioria deles não conseguiu superar a doença, que logo tomou um rumo fatal.

E mesmo aqueles que sobreviveram permaneceram em um estado de sonolência e astenia permanente por toda a vida, parecendo uma estátua.

A doença fez 500.000 vítimas e depois desapareceu, tão repentinamente quanto apareceu.