Tem casas, hotéis, escritórios, hospitais, escolas e tudo o que uma cidade tradicional necessita. Mas a grande inovação é a presença de plantas e árvores em todos os edifícios, de todos os tamanhos e funções. Haverá plantas não só nos parques e jardins, mas também nas fachadas e sobre os edifícios. Vai permitir à cidade ser autossuficiente em energia, contribuir para melhorar a qualidade do ar, absorvendo 57 toneladas por ano de CO2 e poeira fina, diminuir a temperatura média do ar, criar barreiras de ruído e melhorar a biodiversidade das espécies vivas, gerando habitat para aves, insetos e pequenos animais que habitam o território de Liuzhou.

Segundo o escritório de Stefano Boeri “pela primeira vez na China e no mundo, um complexo urbano combinará o desafio da auto-suficiência energética e do uso de energia renovável com a biodiversidade”. A nova cidade verde fará a ligação a Liuzhou através de uma linha ferroviária rápida usada por carros elétricos e terá várias áreas residenciais, espaços comerciais e recreativos, duas escolas e um hospital. “A Liuzhou Forest City terá todas as características de um espaço urbano autossuficiente de energia. Terá energia geotérmica para ar condicionado interior e painéis solares sobre os telhados para a recolha de energia renovável”, acrescenta o gabinete de arquitetura no seu site.

Este novo conceito de cidade, procura combater o problema de poluição que afeta o país, partindo da ideia de encontrar um novo equilíbrio com a natureza. Não é a primeira vez que o arquiteto aplica o conceito de natureza e arquitetura. Exemplo disso é o projeto Green River, na cidade italiana de Milão, que pretende recuperar com parques e jardins uma zona ferroviária.