Timgad foi desenhada com propósito — um quadrado perfeito na borda do império, disposto sob o governo de Trajano para abrigar veteranos romanos e manter a linha contra a resistência berbere. Suas ruas seguiam o plano clássico: dois eixos, leste-oeste e norte-sul, colunados e precisos. Ordem, imposta em uma fronteira mutável.

Mas as linhas não se mantiveram. Com o tempo, a cidade cresceu além de sua grade. Novas ruas se curvavam e vagavam. A vida pressionava, depois se desintegrava — primeiro sob os vândalos, depois brevemente restaurada pelos bizantinos, antes de desaparecer completamente com as expansões árabes do século VIII.

Enterrada pela areia e esquecida, ela permaneceu intocada por mais de mil anos. Quando foi descoberta em 1881, o que surgiu não foi apenas ruína — foi memória, mantida em pedra. Uma cidade romana no norte da África, perfeitamente preservada pelo deserto que uma vez a consumiu.