UM QUASE DESASTRE NUCLEAR
Dia 22 de maio de 1957: O dia em que uma bomba termonuclear foi lançada por engano nos Estados Unidos.
Naquele dia, um bombardeiro americano B-36 sobrevoou o Novo México ao sul de Albuquerque.
Este bombardeiro foi projetado para uma tarefa específica: o transporte de bombas nucleares!
Além disso, sua carga de 22/05/1957 nada mais é do que a bomba termonuclear (= bomba H) Mark 17. c, a mais poderoso na época…
O objetivo desta viagem é transportar a bomba para uma base militar a fim de retirá-la de serviço, sem incidentes e com bom tempo.
O B-36 aproxima-se do seu destino às 11h48, encontra-se apenas a 500m de altitude. Foi sem contar com uma turbulência que sacode o avião depois de ter dado um quarto de volta para se colocar na direção de pouso.
Não sabemos exatamente o que aconteceu, mas existem várias versões: a que aparece com frequência é que um dos soldados encarregados da segurança do transporte perdeu o equilíbrio e acionou a liberação da bomba por engano.
De qualquer forma, a porta do compartimento de carga é arrancada e o que tinha que acontecer aconteceu, a bomba H cai do avião! Este último também é impulsionado em altura (ele ocupa 300 metros de altitude) perdendo as 20 toneladas que a bomba pesa.
Após algumas centenas de metros de queda, o paraquedas da bomba se abre (mecanismo clássico para desacelerar a queda e dar tempo ao avião para sair do alcance).
A bomba H mais poderosa da época acaba de ser lançada por engano em 22 de maio de 1957 às 11h50 nos Estados Unidos por um bombardeiro americano…
Felizmente, a bomba cai no chão, mas nenhuma reação em cadeia ocorre. De fato, para maior segurança, a bomba é transportada separadamente dos núcleos de plutônio!
Sem essa precaução, a bomba Mark 17 teria devastado tudo em 30 km ao seu redor, incluindo a cidade de Albuquerque e o laboratório Sandia, um dos principais laboratórios de desenvolvimento e teste de armas termonucleares do país.
No meio da Guerra Fria, os Estados Unidos teriam sido enfraquecidos como a URSS durante o acidente de Chernobyl.
E isso sem contar os efeitos colaterais ainda mais devastadores, como a nuvem radioativa, etc.
No final, o acidente apenas espalhou detritos radioativos em uma área de 1,6 km de diâmetro. Área que posteriormente foi completamente descontaminada pelos militares dos EUA.
Realmente não estavam longe de um desastre!
