Picasso já era famoso em Paris. E flanava pelos cafés e bares da Cidade Luz, sendo reconhecido por todos. Mas um belo dia!

Picasso estva sentado num café e ilustrava alguma coisa que lhe vinha à cabeça. Esse relato ilustra uma lição valiosa sobre o valor da experiência e do talento acumulado ao longo do tempo.

Numa mesa próxima uma jovem vê a ação do mestre e, ao acabar se levanta e pede a Picasso o guardanapo onde ele havia rabiscado um desenho. Picasso acedeu, mas disse que esse ato custaria 20 mil francos. A jovem disse: Mas 20 mil francos por um desenho de 10 minutos?

Picasso retrucou: Não 60 anos fazendo isso! A jovem se assustou e saiu correndo!

O gesto simples de Picasso, desenhando algo num guardanapo em poucos minutos, não pode ser avaliado apenas pelo tempo físico que ele levou para completar a obra. O que a jovem não entendeu é que cada traço de Picasso, por mais simples que parecesse, carregava décadas de prática, aprendizado, inovação e reflexão artística. O valor não estava apenas no desenho em si, mas na história, no conhecimento e na maestria que ele havia acumulado ao longo de toda a sua vida.

Essa história ressalta a ideia de que o valor de uma obra — seja arte, música, ou qualquer criação humana — não se mede apenas pelo tempo que leva para ser executada, mas pela jornada que levou até ali. Picasso cobrava não pelos dois minutos do desenho, mas pelos anos de dedicação e a singularidade que o tornaram um dos maiores artistas do século XX.