O Cerco de Halicarnasso ocorreu em 334 a.C., durante a campanha de Alexandre, o Grande, contra o Império Persa Aquemênida. Halicarnasso, localizada na Cária (atual Bodrum, Turquia), era uma cidade fortificada de grande importância estratégica, servindo como último grande reduto persa na região do Mar Egeu. A cidade estava sob o comando do sátrapa persa Orontabates, auxiliado por Memnon de Rodes, um experiente comandante grego a serviço dos persas.

Alexandre, que não possuía uma marinha forte, foi ameaçado pela frota persa, que utilizou Halicarnasso como base defensiva. Ao chegar à cidade, Alexandre tentou inicialmente atacar a Porta de Milas, sem sucesso, devido à forte resistência. Em seguida, tentou a Porta de Mindos, mas novamente encontrou oposição determinada.

Para superar as defesas, Alexandre construiu uma ponte de madeira sobre um dique e utilizou torres de cerco. Os defensores de Halicarnasso reagiram tentando incendiar as torres, o que levou ao colapso da ponte e intensificou os combates.

Após dias de luta feroz, as tropas de Alexandre conseguiram abrir brechas nas muralhas e penetrar na cidade.

Como punição pela resistência obstinada, Alexandre ordenou o saque e o incêndio de Halicarnasso, poupando, porém, os habitantes e o famoso mausoléu da cidade.

Orontabates e Memnon refugiaram-se em fortalezas próximas e fugiram para a ilha de Cós, levando parte da armada persa. Halicarnasso foi destruída, e seus habitantes, originalmente transferidos de outras cidades por Mausolo, foram mandados de volta para suas terras de origem.

Alexandre restaurou o poder local à antiga sátrapa Ada, consolidando seu domínio sobre a região.

De referir que após o cerco, Halicarnasso nunca mais recuperou seu antigo prestígio e importância.