No metrõ de Washington, no horário de “rush”, um homem tocava violino, com um chapéu nos pés, onde preguiçosamente um ou outro transeunte deixava uma moeda, mas a grande maioria ia direto para os trens. Cena corriqueira em cidades por todo o mundo.

O evento ocorreu ocorreu em 12 de janeiro de 2007, e foi uma experiência social organizada pelo Washington Post. Joshua Bell, famoso violinista, tocou anonimamente e não foi reconhecido, recebendo pouco mais de US$ 30,00 pela exibição. Ele tocou uma das peças mais complexas já escritas, com um violino avaliado em US$ 3,5 milhões, sem ninguém o reconhecer.

A intenção do experimento era ver como as pessoas reagiriam a uma apresentação de música clássica de alta qualidade em um ambiente cotidiano e sem contexto adequado. Durante os 43 minutos em que tocou, mais de mil pessoas passaram por ele, mas apenas alguns pararam para ouvir por um curto período.

O contraste com os concertos tradicionais, onde os ingressos para suas apresentações podem custar mais de 100 dólares, foi notável e levantou questões sobre o contexto, o valor percebido da arte e a capacidade das pessoas de considerar a beleza em situações inesperadas.