Um famoso cão que se destacou história da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro nos anos de 1865 a 1870, com seu ato de coragem e sua linda história, conhecido como de nome Cão Bruto, ou Brutus pelo seu tamanho de porte médio, conquistou a tropa. Brutus um dia entrou no Quartel dos Barbonos à procura de comida, fez amigos, e a tropa deu–lhe esse nome por causa de seu tamanho.

A fidelidade do cão era tão grande que, quando cerca de 500 oficiais e praças do 31º Corpo voluntários da Pátria partiram do Quartel dos Barbonos para ajudar no combate aos paraguaios, no dia 10 de Julho de 1865. Bruto foi levado junto.

Viriato Correa, no livro “Histórias da nossa História”, dedicou–lhe um capítulo memorável, afirmando em certo trecho: “Pelo tempo da guerra do Paraguay, a organização de socorros a feridos em combate era deficientíssima. O aproveitamento dos cães então completamente desconhecido. O Brutus foi o precursor desse serviço no Brasil. Sem o menor ensinamento, sem a mais pequena aprendizagem, lá estava ele nos campos de batalha, no mais aceso dos tiroteios, latindo junto dos soldados que caíam feridos, saltando trincheiras, correndo ao comando do batalhão para denunciar com grunhidos eloquentes o camarada que precisava de socorro. Um cão extraordinário, de uma lealdade e de uma dedicação que só existem nos cães!”

Uma bala perdida, em meio à batalha, atingiu–lhe o dorso. Não morreu do ferimento, permanecendo firme e junto ao 31º corpo de Voluntários da Pátria voltando para o Brasil como Herói

Anos depois, passeando pelo Campo de Santana, morreu envenenado. Uma reportagem num jornal da época do acervo da Biblioteca Nacional afirma que Bruto foi vitima de uma “covarde cilada de um guarda fiscal que o mimoseou com uma bola envenenada e fulminante”. Soldados fizeram um rateio para pagar sua autópsia e taxidermia, confeccionando uma coleira comemorativa que pode ser vista com ele até hoje no Museu da Polícia Militar do Rio de Janeiro.