ROMA APÓS A QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO
No ano 1000 d.C., Roma era apenas uma sombra de sua antiga glória.
A cidade que já governara o mundo estava em ruínas, seus majestosos fóruns haviam se transformado em pastagens, e muitos de seus monumentos eram desmontados para a reutilização das pedras em novas construções.
O Coliseu, que um dia ecoou com os gritos de milhares de espectadores, agora servia como abrigo para mendigos, monges e até como fortaleza improvisada para famílias nobres locais.
A população havia caído para cerca de 30.000 habitantes, um número pequeno comparado ao seu passado esplendoroso, mas ainda maior do que o de cidades como Paris ou Londres naquele período.
Essa queda demográfica foi consequência do colapso do Império Romano do Ocidente (476 d.C.), das invasões bárbaras e do enfraquecimento da administração urbana.
No entanto, mesmo em decadência, Roma continuava sendo um símbolo de poder e espiritualidade, mantendo sua relevância como centro da cristandade.
O papado, apesar das crises internas e disputas políticas, começou a reafirmar sua autoridade, preparando o caminho para a revitalização da cidade nos séculos seguintes.
Roma, que outrora foi a metrópole do mundo antigo, parecia esquecida, mas sua história ainda não havia terminado, nos séculos seguintes, com o fortalecimento da Igreja e a chegada do Renascimento, a cidade começaria sua lenta jornada de reconstrução, reassumindo sua posição central na cultura e na política europeia.