A carne de coelho é uma carne branca, macia e saborosa, rica em proteína e com baixo teor de gordura e colesterol, sendo uma boa fonte de vitaminas B3, B6 e B12, potássio, fósforo e ferro. Favorece o sistema imunológico e tem o dobro do cálcio que a carne de vaca, contribuindo para reduzir a osteoporose. É uma carne ótima para crianças, grávidas e idosos, por ser de fácil digestão.

A produção de coelhos chama-se Cunicultura. Tem as suas vantagens, mas também tem grandes dificuldades:

A principal vantagem é a reprodução fácil, várias vezes ao ano e maturidade sexual cedo. Para ter uma ideia 7 ou 8 coelhas dão o rendimento em carne comparável ao peso de um porco com um ano. E ainda pode aproveitar comercialmente a pele e pelo.

Mas nem tudo é bom, e aí é que reside o grande problema da cunicultura. A grande desvantagem é o coelho ser um animal bastante sensível a doenças e níveis de stress (um susto pode matar um coelho) (e um surto de doença pode matar a exploração inteira).

Para uma produção de cunicultura com sucesso, as instalações deverão ser afastadas de outros animais, em local calmo e ter as condições de humidade, calor, luminosidade, higiénicas e medicinais ideais à grande sensibilidade do animal. Humidade abaixo dos 80%, temperatura entre os 30 de máxima e de mínima os 8 graus, e ótima na ordem dos 14/24 graus, 16 horas de luz/dia, instalações limpas, livres de agentes patogénicos e com os cuidados veterinários sempre em dia.

Agora vamos a outro grande problema. A comercialização e consumo:

Além de no Brasil historicamente não ser uma carne de grande consumo, o animal devido às suas características “fofas”, nos grandes centros urbanos tornou-se um animal de estimação.

Agora voltando ao sério. Para incentivar a produção, comercialização e consumo de uma carne tão nutricionalmente boa, terá de haver uma grande campanha de marketing, sensibilização e educação. Coisa que os interesses instalados dos lobbies da carne brasileiros não estão interessados.

E… Não! Não existem problemas de impureza ou contaminação na carne, pois se houver algum problema, devido à grande sensibilidade do animal eles morrem ainda na fase de produção, não chegando à fase da comercialização.