QUANDO O WÍSQUE SALVOU VIDAS
Charles joughin, o padeiro que sobreviveu ao Titanic graças ao uísque.
Charles tinha 33 anos quando embarcou no Titanic. O homem liderava uma equipe de treze padeiros para servir 324 pessoas na primeira classe e 284 na classe secundária.
Quando estava de folga, repousando em sua cama, Charles ouviu uma enorme colisão e isso fez com que ele se levantasse para ajudar o máximo de pessoas que podia.
Por volta da 00h15, junto de sua equipe, Charles começou a preparar pães para fornecer aos botes salva-vidas. Com um fluxo insano, temperaturas altas e o estresse, ele deu uma pausa para beber um pouco de uísque.
Isso fez com que ele se tornasse um cara mais corajoso e heroico. Ele passou então a ajudar na operação mais perigosa; ajudar mulheres e crianças a subirem nos barcos de emergência.
Com a situação ficando pior, várias mulheres se recusavam a sair do Titanic, afirmando não acreditar na gravidade do naufrágio e estarem mais seguras no navio. Charles, já “alegre” pela bebida, não quis saber e arremeçou-as nos botes salva-vidas.
Ao ver a situação caótica, ele voltou a sua cabine e bebeu o máximo de uísque que conseguiu, preparando-se para estar calmo e anestesiado, porém, a bebida acabou liberando mais o seu lado criativo, que ajudou ainda mais tripulantes.
Ele começou a jogar 50 cadeiras de praia em direção as pessoas que caíram na água sem amparo dos botes, para usarem as mesmas como boias na água gelada.
Charles foi o último homem a ser visto no Titanic, na ponta superior do navio, que já estava quase inclinado de maneira horizontal. Quando não pôde mais aguentar, ele mesmo pulou na água por conta própria.
Ele passou três horas na água a -2ºC. A temperatura e o tempo seriam suficientes para levar qualquer um a óbito, porém, seu corpo tinha tanto álcool etílico circulando em seu organismo que, ao causar a perda de calor interno, pôde se manter estável com a sensação de aquecimento em sua superfície da pele, superior à temperatura ambiente.
Pelo resto da vida, continuou trabalhando como padeiro e chegou a participar de outro naufrágio, em 1920, onde também saiu com vida do SS Oregon, no porto de Boston.