PORQUE O MERIDIANO ZERO É O DE GREENWICH

Até 1851, não havia uma referência única em relação aos meridianos e cada país adotava um critério diferente sobre fusos horários.

Com o crescimento do comércio entre países, era necessário estabelecer uma referência universal para se calcular distâncias em longitudes e também para padronizar os fusos horários mundiais. Então, neste ano, o matemático, físico e astrônomo Sir George Biddel Airy, astrônomo real britânico, propôs adotar o meridiano 0 como a linha imaginária que passaria exatamente sobre o Observatório de Greenwich, localizado nos arredores de Londres, onde ele trabalhava.

Porém, havia outras propostas. Havia propostas para adotar o Meridiano de Paris, Meridiano do Ferro (que passaria pelas ilhas Canárias) e a proposta inglesa. Assim, em 1884 foi organizada uma conferência internacional, com representantes de quase todos os países do mundo, em Washington (EUA), para definir qual seria a referência que seria adotada mundialmente.

Após um mês de discussões, 22 países votaram por Greenwich, um país votou contra (República Dominicana) e dois países se abstiveram: França (que defendia o Meridiano de Paris) e (pasmem!) o Brasil (que, governado por D. Pedro II, era “parça” dos franceses). Derrotada, a França não aceitou a decisão e continuou usando o Paris como meridiano 0. Só décadas mais tarde, os franceses cederam e aceitaram adotar Greenwich como referência.