POR QUÊ DISCUTIR ENERGIA EÓLICA ‘OFFSHORE’ NO CONGRESSO?

Para que funciona o Congresso? Vejamos um caso típico.

O caso leva o número 11.247 de 2018 e disciplina o aproveitamento de potencial energético ‘offshore’. Já foi aprovado na Câmara e se encontra no Senado Federal. E o pior, cheios de jabutis! Botaram num projeto ruim, coisas piores, como a obrigação de gerar energia de carvão, para preservar a produção de carvão nacional.

Bem, numa pesquisa simples, no Google, já há uma resposta. O limite é de 80 metros de profundidade máxima para se instalar um gerador eólico.

Numa busca subsequente, vá a um site que forneça os geradores de energia eólica e verá que o custo de um gerador operar no mar é o dobro de um para operar em terra.

Agora vamos para os custos da produção da energia eólica. O custo é somente de investimento, não há custos de matéria prima. Então os custos serão de investimentos, terreno e gerador.

O custo de instalar um gerador em terra, é a soma do custo do gerador e o custo da terra. Como há terras baratas no Nordeste, onde há um vento muito especial para a geração eólica, para que gerar energia eólica no mar? Isso é problema para a Dinamarca e outros países do norte da Europa, onde não existem terrenos baratos para instalar geradores. Precisam gerar energia verde, e no mar, apesar do custo, é o único local para isso.

No Brasil a geração tem que ser na terra. O ex-presidente da Petrobras, que devia entender de energia eólica, pois seu estado natal, o RN, produz muita energia eólica, sonhava em por nas plataformas da Petrobras geradores eólicos.

Como não entendia de petróleo e, mostrou que não sabia de energia eólica, foi defenestrado. Mas os deputados insistem, e eles olham fundo nos cofres do tesouro. A propina é um porcentual fixo, digamos 5%. Cinco por cento de muito é melhor do que cinco por cento de pouco. Ou não é?

É para isso que serve o Congresso, perder tempo discutindo o “sexo dos anjos”. Durante a discussão já pensam no ganho da compra de camisinhas…