PADRES INDIANOS NO BRASIL
Da porta da igreja onde reza as missas de terça a domingo, o padre indiano Arcelin Essack, de 30 anos, consegue avistar o que ele chama de o “reino de Deus”: a Floresta Amazônica.
E, todos os dias, ele vai ao encontro dela.
O religioso sai da casa de dois andares ao lado da Igreja de São Pedro, a construção mais imponente no centro de Manaquiri, no Amazonas, e faz uma caminhada de três quilômetros, o suficiente para entrar em contato com aquilo que é “maior que a humanidade”.
“Aqui você está mais em comunhão com a natureza, mais próximo de Deus”, reflete Arcelin, que é natural de Tamil Nadu, um dos Estados mais populosos e urbanizados do país com mais gente no mundo, a Índia.
No Brasil desde 2016 e à frente da paróquia há um ano, o padre percorreu um caminho que tem sido repetido por dezenas de católicos indianos nos últimos anos: a chegada como missionário ao Brasil, as aulas intensivas de português e o envio para o interior da Amazônia – de onde muitos não saem mais.
Eles substituem os padres europeus, que vinham para o Brasil, mas que estão em falta na Europa. Desta forma a Igreja encontrou mão de obra para realizar seu trabalho de evangelização, principalmente na Amazônia.