O Japão se destaca na história mundial por ser o único império ainda existente, com uma dinastia ininterrupta que remonta há mais de 2.600 anos. A dinastia Yamato é a única que o país já conheceu, e o atual imperador, Naruhito, faz parte dessa longa linhagem de soberanos. Este fato coloca o Japão em uma posição singular entre as monarquias mundiais, tanto pelo seu caráter imperial quanto pela continuidade dinástica.

O título de imperador diferencia o Japão de outras monarquias, que normalmente utilizam títulos como reis, duques ou príncipes. Enquanto as monarquias europeias, por exemplo, são reinos, ducados ou principados, o Japão se manteve um império, sendo a única nação a manter esse status até os dias atuais. No passado, outros impérios, como o Império Chinês, o Sacro Império Romano e o Império Bizantino, também existiram, mas todos eventualmente deixaram de ser governados por imperadores.

O conceito de império no Japão é simbólico, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, quando o papel do imperador se tornou meramente cerimonial com a adoção de uma constituição democrática. Antes disso, o imperador japonês era considerado um governante divino, sendo parte integrante do xintoísmo, a religião tradicional do Japão, onde o imperador era visto como um descendente direto da deusa do sol, Amaterasu.

Esse status imperial, somado à continuidade da dinastia Yamato, torna o Japão uma exceção notável entre as monarquias modernas, onde dinastias muitas vezes foram substituídas ao longo do tempo ou onde os títulos são mais comuns em reinos e principados.