O ÚLTIMO COMBATE AÉRIO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Esse evento curioso e inusitado de 12 de abril de 1945 traz uma sensação de circularidade histórica, como se o último combate aéreo na Europa durante a Segunda Guerra Mundial tivesse um eco da Primeira Guerra Mundial. De fato, no início da aviação militar, os pilotos frequentemente partiam em missões de reconhecimento desarmados, e os primeiros “combates aéreos” eram muitas vezes travados com armas de mão, como pistolas e revólveres, disparados de suas cabines abertas. Esse cenário remete a uma era de cavalheirismo aéreo, antes que a aviação militar se transformasse em uma máquina de destruição em massa.

O primeiro fato é que aconteceu entre dois aviões de reconhecimento, sem armas ou canhões. Os comatentes americanos, usaram armas comuns, pistolas .45 para derrubar os alemãs.

O que torna o encontro entre o L4 Grasshopper americano e o Fieseler Storch alemão especialmente singular não é apenas a ação improvisada e ousada dos americanos disparando com pistolas .45, mas também o contraste entre essa cena e o tipo de combate que dominava os céus da Segunda Guerra Mundial, com caças avançados, bombardeiros pesados e aeronaves equipadas com armamento poderoso e sofisticado.

Esse último combate aéreo europeu, apesar de seu caráter quase cômico e improvisado, destaca-se pela humanidade do momento. Após derrubarem o Storch, os pilotos americanos não apenas fizeram prisioneiros os alemães, mas também lhes prestaram os primeiros socorros, numa cena de cavalheirismo em meio à brutalidade da guerra. Isso traz uma forte lembrança dos primórdios da aviação de combate, quando os pilotos de reconhecimento muitas vezes se respeitavam e, em alguns casos, trocavam saudações após seus duelos aéreos.

Assim, o que poderia ser uma nota de rodapé bizarra na história militar também serve como uma espécie de tributo aos tempos em que o combate aéreo era mais uma questão de honra pessoal do que a aniquilação em larga escala.