O QUE ACONTECE NA SIBÉRIA
As dimensões das plumas sob a Sibéria são impressionantes: o diâmetro chega a 2.000 km e a altura da coluna ultrapassa 3.000 km. Isso é dez vezes maior que o reservatório de magma abaixo de Yellowstone.
Por esta razão, a Sibéria está se aquecendo por baixo. Nas regiões do norte, as emissões de metano e hidrogênio do subsolo aumentaram. Além disso, os vulcões de lama na plataforma do Ártico se tornaram muito mais ativos, como se alguém tivesse aumentado o fogo sob uma enorme caldeira subterrânea.
Mas o mais preocupante é a velocidade do aquecimento. A Sibéria está aquecendo 2 a 3 vezes mais rápido que o resto do mundo. E não é só o aquecimento global: o calor principal vem das profundezas do planeta.
A atividade da pluma de magma já começou a influenciar o comportamento dos grandes rios siberianos. Os rios Ob, Yenisei e Lena despejam anualmente cerca de 2.300 quilômetros cúbicos de água no Oceano Ártico. Entretanto, nos últimos anos, cientistas observaram mudanças estranhas em seu comportamento. O calor subterrâneo está gradualmente modificando o regime térmico dessas massas de água.
Uma mudança repentina na temperatura do fundo do mar pode desencadear a liberação de metano do permafrost subaquático. Isso, por sua vez, poderia acelerar os processos de aquecimento global. Isso cria um círculo vicioso: quanto mais ativa a pluma de magma, mais metano é liberado; Quanto mais metano se acumula, mais rápido o planeta se aquece.