O QUÊ A SUIÇA, TEM QUE APRENDER COM BRASÍLIA!
Em 2016 a Suiça inaugurou o segundo túnel mais longo do mundo. Na verdade são dois túneis, cada um com uma via de trem. São 57 km de túneis, cavados em linha reta e no mesmo nível. A profundidade do túnel fica a 2,3 km abaixo dos Alpes. Mais do que 300 trens, entre trens de carga e de passageiros cruzam o túnel por dia. A construção levou 17 anos, conforme previsto, desde o projeto até a inauguração, no ano de 2016, e o custo previsto era de 10,5 bilhões de Euros, o custo real foi de 12 bilhões de Euros. Na sua construção morreram 9 operários.
Com o túnel o tempo de viagem por trem de Zurique à Milão diminuiu em 1 hora. Antes eram de 3:30 e agora é de 2:30 horas.
É certo que a Suíça é rica, mas o túnel foi em parte feito com empréstimos, pois o lucro obtido pelas taxas paga, com sobras, o dinheiro investido nele. Antes o transporte entre o norte e o sul da Europa, em parte, era feito pela passagem da Região Friuli-Venezia Giulia, de Bolzano passando no Tirol austriaco, para chegar a Baviera alemã.
As taxas cobradas pela Áustria, para permitir a passagem de trens e caminhões pelo seu território eram altas, e agora terá que competir com o novo túnel. Resultado, o transporte de mercadorias será mais barato e o custo de vida será menor para os europeus. Isso se chama investimento. Dá retorno em dinheiro, que paga os juros e leva os governos a cobrar menos impostos.
Já o trem de alta velocidade do Rio de Janeiro à São Paulo, anunciado ainda no final do segundo governo Lula, para eleger Dilma,ainda não saiu do papel, mas já tinha uma estatal, criada em 2012, a EPL, Empresa de Planejamento e Logística S/A, e fundida com outra estatal a VALEC em 2022. Os altos salários das empresas são pagos com novos impostos pagos pelo povo e nenhum metro de trilho foi construído.
Esses suíços precisam aprender a ganhar eleições com os políticos brasileiros, não?