O MAIS LONGO MANDATO DE PRISÃO DO MUNDO
Há uma história curiosa que remonta ao período colonial britânico no subcontinente indiano, sobre um incidente envolvendo um oficial britânico chamado James Squid. Enquanto servia no Passo de Khyber, uma região montanhosa estratégica entre o Afeganistão e o Paquistão atual, Squid chegou ao quartel embriagado e, em um momento de paranoia, acreditou que uma árvore figueira estava se movendo. Convencido de que a árvore representava uma ameaça, ele ordenou que a acorrentassem.
Essa figueira, que permanece acorrentada até hoje, tornou-se um símbolo inusitado da era colonial. Apesar de o Paquistão ter se tornado uma república parlamentar independente há mais de 76 anos — com sua independência do domínio britânico em 1947 — nenhum governo desde então removeu as correntes da árvore. Ela é frequentemente referida como o “prisioneiro mais antigo do mundo”.
Essa árvore no Passo de Khyber, ainda cercada por correntes, serve como um lembrete histórico da presença britânica na região e também um símbolo da burocracia e da inércia que muitas vezes impedem a mudança, mesmo em questões aparentemente triviais. Ela é vista como uma metáfora poderosa do colonialismo e de sua persistência simbólica, mesmo após a independência do Paquistão.