O veneno de escorpião é um verdadeiro tesouro da biotecnologia, apesar de seu custo astronômico, devido à dificuldade de extração e à complexidade de sua composição.

Ele custa mais de R$ 60 milhoões o litro.

O veneno do escorpião contém 5 milhões de compostos não estudados. Por isso é chamado de “coquetel de compostos bioativos”.

O veneno do escorpião é útil em diversas aplicações médicas.

Suas proteínas tóxicas demonstraram atividade antimicrobiana, antimalárica e antitumoral. Os pesquisadores também estão explorando o uso do veneno de escorpião como analgésico.

Um peptídeo do veneno do escorpião pode suprimir as respostas imunológicas, permitindo que seja usado no tratamento de doenças autoimunes.

Infelizmente, o escorpião produz apenas 2 miligramas de veneno por vez. Então, é preciso fazer versões sintéticas desses venenos; caso contrário, simplesmente não haverá o suficiente para reduzir os custos e ninguém terá condições de pagar pelos medicamentos.

Esse trabalho com veneno de escorpião exemplifica como os segredos da natureza podem abrir novas fronteiras na ciência e na medicina, desde que possamos superar as limitações de escala e custo. A exploração de sua química pode levar a terapias inovadoras que salvam vidas e melhoram a qualidade de vida de milhões de pessoas.