O IATE ‘MALDITO’
O iate Creole foi construído em 1927 pelo estaleiro Camper & Nicholsons, um dos mais renomados da época. Encomendado pelo empresário britânico Alexander Smith Cochran, o iate foi desenhado para ser um dos maiores e mais luxuosos de sua época, com um comprimento de 65 metros e um design elegante e sofisticado.
– Função na Segunda Guerra Mundial
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Creole foi requisitado pela Marinha Real Britânica e transformado em um navio de patrulha. Durante este período, o iate sofreu várias modificações para atender às necessidades militares, incluindo a instalação de armamentos e a remoção de muitas das suas características luxuosas originais. Após a guerra, o iate foi devolvido aos seus proprietários, mas estava em mau estado devido ao uso intensivo e às modificações feitas.
– Posse de Stavros Niarchos
Em 1948, o magnata grego Stavros Niarchos comprou o Creole e iniciou uma extensa restauração para devolver ao iate sua antiga glória. Niarchos, um dos homens mais ricos do mundo na época, usava o iate para entretenimento e como uma demonstração de seu poder e riqueza. Ele e sua esposa, Eugenia Livanos, passaram muitos verões a bordo do Creole. No entanto, a tragédia atingiu a família quando Eugenia foi encontrada morta em circunstâncias misteriosas em 1970. A morte de Eugenia contribuiu para a fama de maldição do iate.
– Maurizio Gucci e Patrizia Reggiani
Em 1983, o iate foi adquirido por Maurizio Gucci, herdeiro da famosa casa de moda italiana Gucci. Ele e sua esposa, Patrizia Reggiani, desfrutaram do luxo do Creole, mas a história deles também terminou em tragédia. Maurizio foi assassinado em 1995 em um caso que chocou a Itália e o mundo. Patrizia foi posteriormente condenada como mandante do assassinato, ganhando o apelido de “Viúva Negra”.
– A Fama de Maldito
O iate Creole ganhou a reputação de ser “amaldiçoado” devido às tragédias que marcaram a vida de seus proprietários. Desde a morte misteriosa de Eugenia Livanos até o assassinato de Maurizio Gucci, o iate foi associado a eventos sombrios e infortúnios. Essa fama adicionou um elemento de mistério e intriga à história do Creole, transformando-o em um dos iates mais famosos e infames do mundo.
– O Destino Atual do Creole
Atualmente, o iate Creole pertence à família Gucci e é utilizado para eventos de caridade e cruzeiros privados. Apesar de sua fama de maldito, ele continua a ser um símbolo de luxo e sofisticação, navegando pelos mares com a mesma elegância com que foi concebido quase um século atrás.