Em janeiro de 2024, durante a 243ª reunião da American Astronomical Society, a estudante de doutorado Alexia Lopez da University of Central Lancashire apresentou uma descoberta inovadora que desafia nossa compreensão atual do universo. Lopez e sua equipe encontraram uma estrutura massiva em forma de anel, apelidada de “Big Ring”, consistindo de galáxias e aglomerados de galáxias. Essa estrutura tem 1,3 bilhão de anos-luz de diâmetro, com uma circunferência de cerca de 4 bilhões de anos-luz. Ela está localizada a aproximadamente 9 bilhões de anos-luz de distância, perto da constelação do norte de Boötes.

O que torna o Big Ring notável é seu tamanho, que excede em muito o limite de 1,2 bilhão de anos-luz que se pensava anteriormente restringir as maiores estruturas cósmicas possíveis. Esta descoberta, juntamente com outra estrutura colossal, o Giant Arc (3,3 bilhões de anos-luz de largura), desafia o princípio cosmológico — a ideia de que o universo deve parecer semelhante em todas as direções em grandes escalas. A vastidão dessas estruturas pode implicar a necessidade de novos modelos para explicar a formação e evolução do universo.

Várias teorias estão sendo consideradas para explicar essas anomalias, incluindo a possibilidade de cordas cósmicas ou outras físicas exóticas. A descoberta levou os cientistas a repensar suposições fundamentais sobre o universo primitivo e como tais estruturas massivas poderiam ter se formado.

Essa descoberta continua a alimentar discussões sobre se nossos modelos cosmológicos atuais são suficientes ou precisam de revisão significativa para dar conta de estruturas tão extraordinárias.