O grafeno é o material mais fino e forte que se conhece. É constituído por lâminas de carbono com a espessura de apenas um átomo.

Foi produzido pela primeira vez em 2004 e, no ano passado, rendeu o prêmio Nobel de química aos pesquisadores Andre Geim e Konstantin Novoselov.

O carbono é o elemento que, conforme a combinação dos seus átomos, forma materiais tão distintos quanto o diamante e o grafite.

O papel de grafeno produzido pela equipe liderada pelo professor Guoxiu Wang é feito a partir do grafite moído, purificado e filtrado por meio de processos químicos, até ter suas nano estruturas reconfiguradas e, então, processadas na forma de finas lâminas.

Essas nanofolhas possuem propriedades térmicas, elétricas e mecânicas excepcionais, sendo muito resistentes e flexíveis.

Por exemplo, se comparadas ao aço, elas são seis vezes mais leves, cinco a seis vezes menos densas, duas vezes mais duras, possuem 10 vezes mais resistência à tensão e 13 vezes maior rigidez à flexão.

Além disso, o papel de grafeno é reciclável e sua fabricação é relativamente simples. Os pesquisadores acreditam que ele pode revolucionar as indústrias de automação, aviação, elétrica e óptica.

Ao substituir o aço, por exemplo, o papel de grafeno pode gerar carros mais leves e resistentes, além de aviões que consomem menos combustível.