NOMES QUE A HISTÓRIA TORNOU IMPRONUNCIÁVEIS
Após a Segunda Guerra Mundial, o nome “Adolf Hitler” foi proibido na Alemanha, Malásia, México e Nova Zelândia. Ou seja, tornou-se impossível usar esse nome. Até mesmo o nome Adolf sozinho é ilegal de se registrar em muitos lugares.
O que é particularmente triste quando pensamos no caso de um sobrenome de família – imagine um pai (não nazista) chamado Adolf, nascido em 1920, cujo avô (também não nazista) também se chamava Adolf, nascido em 1870. Mas a criança nascida em 1946 simplesmente deu azar.
Na França, o nome “Adolphe” praticamente se extinguiu. Nas comunidades hispânicas e lusófonas, “Adolfo” continua sendo usado, mas com muito menos frequência. Na Alemanha, os Adolf ainda vivos costumam encurtar seu nome. Passam a se chamar “Adi” ou “Dolf”.
O homem abaixo é Adolf Dassler. Mas ele era conhecido principalmente como Adi Dassler. Ele é famoso por ser o fundador da renomada marca esportiva Adidas. Nascido em 1900, Adi veio ao mundo apenas 11 anos depois do Adolf mais infame da história, Hitler. No entanto, Adolf virou Adi. Precisava virar Adi. Porque ele não queria que seu nome jamais desviasse a atenção dos tênis que tentava vender. Deu certo. Adolf. Adi. Adidas. Às vezes, os obstáculos nos abrem novos caminhos.
Em Tamil Nadu, na Índia, há um Ministro-Chefe chamado M.K. Stalin – seu pai achou que era “um nome que soava forte”. Não importava que um dia pertenceu a um dos maiores carniceiros da história. Imagino que os nomes, assim como a vida e os tênis da Adidas, sempre encontram seu caminho.