EUROPA PROIBE MERCÚRIO EM OBTURAÇÕES

A partir de 1° de janeiro de 2025, o amálgama dentário, que já foi muito usado por dentistas para preencher cavidades dentárias, está proibido em procedimentos odontológicos na União Europeia.

O material só poderá ser usado se o dentista considerar necessário do ponto de vista médico. Esse pode ser o caso, por exemplo, se outras obturações não forem toleradas.

A proibição do amálgama tem motivos sobretudo ambientais. Cerca de metade do amálgama é composta pelo metal pesado mercúrio, reconhecido como prejudicial à saúde.

Esse metal não é biodegradável e coloca em risco os ecossistemas se for liberado no meio ambiente. O mercúrio é liberado principalmente durante a produção e o descarte. O objetivo da UE é mudar para materiais ambientalmente menos nocivos.

Conhecido por sua durabilidade, o amálgama dentário foi durante décadas o principal material restaurador para dentes posteriores.

Na Alemanha, a proibição do amálgama já vigora desde 2024. Mas, assim como ocorre no Brasil, o material há anos já vem caindo em desuso em tratamentos odontológicos. Em 2022, somente 2,4% das obturações dentárias foram feitas com amálgama no país europeu.

Antes da proibição, a UE já vetava o uso de amálgama ou a retirada do material em jovens com menos de 15 anos, gestantes e lactantes.