EMPREENDEDORES CRIAVAM RATOS, E GANHAVAM DINHEIRO

No início do século XX, o Rio de Janeiro enfrentava sérios problemas de saúde pública. A cidade, então capital do Brasil, sofria com epidemias recorrentes que dizimavam a população e comprometiam a imagem do país no cenário internacional. Entre as doenças que mais preocupavam estavam a febre amarela, a varíola e a peste bubônica.

Oswaldo Cruz, formado em medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e com especialização no Instituto Pasteur, em Paris, foi nomeado Diretor-Geral de Saúde Pública em 1903. Sua missão era combater essas epidemias e implementar melhorias sanitárias na cidade.

– A Campanha Contra a Peste Bubônica

Uma das estratégias mais notórias de Oswaldo Cruz foi sua campanha contra a peste bubônica. A doença, transmitida principalmente por pulgas de ratos infectados, representava um grande desafio sanitário. Para controlar a proliferação da peste, era essencial combater a população de ratos.

Para mobilizar a população no combate aos ratos, Oswaldo Cruz implementou uma política de incentivo financeiro. A prefeitura do Rio de Janeiro passou a pagar 300 réis por cada rato morto, excedente da cota mínima, 5 ratos por pessoa. Assim quem levasse 8 ratos, receberia 900 réis, pelos 3 ratos excedentes. O objetivo era incentivar os moradores a capturarem e matarem os ratos, diminuindo assim a população do principal vetor da peste.

A campanha teve um impacto significativo. Com o incentivo financeiro, milhares de ratos foram capturados e entregues à prefeitura. Isso, juntamente com outras medidas de saneamento e controle de vetores, ajudou a reduzir drasticamente os casos de peste bubônica na cidade.

Porém a campanha, que era um sucesso, parou quando constaram o surgimento de ‘fazendas’ de criação de ratos, que eram mortos e entregues à Prefeitura. Empreendedores acharam uma maneira de fazer dinheiro, legalmente. Não era crime criar ratos!

Assim mesmo a campanha teve um impacto significativo. Com o incentivo financeiro, milhares de ratos foram capturados e entregues à prefeitura. Isso, juntamente com outras medidas de saneamento e controle de vetores, ajudou a reduzir drasticamente os casos de peste bubônica na cidade.

A campanha de Oswaldo Cruz, apesar do sucesso, não agradou a totalidade da população, que em alguns momentos, resistiu às medidas sanitárias, que incluíam a demolição de cortiços e a vacinação compulsória contra a varíola. Sua liderança e suas políticas sanitárias resultaram na erradicação da febre amarela urbana no Rio de Janeiro e no controle de outras epidemias.