Diamantes criados em laboratório representam o futuro da joalharia fina, evitando extrair este recurso da natureza com todos os inconvenientes a nível da sustentabilidade e poluição

Há já várias marcas a lançar coleções com diamantes criados em laboratório. São idênticos aos naturais, mas com uma pegada ética e consciente, além de que como refere a Diamonds Factory podem ser até 30% mais baratos do que os naturais.

“Estamos entusiasmados em apresentar esta coleção, dando aos nossos clientes acesso à beleza e ao brilho dos diamantes, ao mesmo tempo em que abraçamos a inovação e a sustentabilidade”, disse Maya Abdulaal, Diretora de Operações da Miraki Jewels, uma das empresas apostadas nesta nova tendência no lançamento da sua nova coleção feita com este tipo de diamantes. “Os diamantes cultivados em laboratório representam o futuro da joalheria fina, e este lançamento é uma prova do nosso compromisso com a qualidade, acessibilidade e luxo responsável”, acreditam.

Há um filme famoso com a Marilyn Monroe onde ela canta e encanta com a música Diamonds Are a Girls Best Friends. Tema que assenta que nem uma luva a esta nova tendência da joalharia. Os diamantes cultivados em laboratório, também conhecidos como diamantes artificiais ou sintéticos são criados em ambientes controlados de laboratório que replicam as condições naturais sob as quais estes se formam. Estes são feitos usando processos tecnológicos avançados que imitam os métodos de alta pressão e alta temperatura (HPHT) ou deposição química de vapor (CVD) encontrados na natureza. A Miraki Jewels explica como tudo se passa. Veja o passo-a-passo:

– O Processo de Criação

. Método de Alta Pressão e Alta Temperatura (HPHT) : Este método envolve colocar uma pequena semente de diamante em carbono e expô-la a uma pressão intensa e alta temperatura, semelhante às condições encontradas nas profundezas da Terra. Ao longo de algumas semanas, o carbono cristaliza ao redor da semente, formando um diamante.

. Método de Deposição Química de Vapor (CVD) : Neste processo, uma semente de diamante é colocada numa câmara cheia de gás rico em carbono. O gás é então ionizado, fazendo com que átomos de carbono se liguem à semente e formem um diamante camada por camada. Este método permite maior controle sobre o tamanho e a qualidade do diamante.

Portanto, o diamante de semente começa a crescer até estar pronto para ser usado. Só que não é extraído como um mineral da natureza.

– Benefícios dos diamantes cultivados em laboratório

. Ecológico e Sustentável

Os diamantes criados em laboratório têm um impacto ambiental significativamente menor em comparação aos diamantes minerados. O processo tradicional de mineração de diamantes envolve extensa escavação de terra, levando à destruição de habitat, erosão do solo e poluição da água. Em contraste, diamantes cultivados em laboratório requerem menos recursos e geram menos resíduos, tornando-os uma escolha mais sustentável.

. Garantia de não conflito

. Opção econômica

São geralmente mais acessíveis do que os seus equivalentes naturais. Devido ao processo de produção simplificado e aos menores custos associados, podendo ter um preço até 40% menor do que diamantes naturais e de qualidade similar. Essa vantagem de custo permite que os consumidores comprem diamantes maiores ou de qualidade superior dentro de seu orçamento.

– Qualidade e variedade consistentes

O ambiente controlado no qual os diamantes cultivados em laboratório são produzidos garante qualidade e clareza consistentes. Além disso, a capacidade de personalizar o processo de crescimento permite uma variedade maior de formas, tamanhos e cores. Quer você prefira um corte redondo clássico ou um diamante colorido exclusivo, as opções cultivadas em laboratório oferecem uma infinidade de escolhas para atender ao seu gosto. No entanto, tal como os naturais podem ter pequenas falhas internas ou inclusões na superfície, igual ao que acontece com diamantes naturais de elevada qualidade.


foto diamantes sintéticos 2