Dizem que os diamantes são para sempre e, como cantava Marylin Monroe, são “os melhores amigos de uma mulher”. Como tal, um diamante azul de rara beleza e história ímpar é um grande atrativo para quem é apaixonado por este bem de luxo. O Golconda Blue, um diamante de 23,24 quilates, vai a leilão em maio, em Genebra, no evento Magnificent Jewels da Christie’s.

Estima-se que a joia, com origens reais e uma narrativa que atravessa séculos e continentes, atinja um valor entre 35 e 50 milhões de dólares.

Com origem nas minas de Golconda, na Índia — de onde também saíram os famosos Koh-i-Noor e Hope Diamond —, esta pedra preciosa tem um passado digno de um romance histórico. Em 1923, integrou uma pulseira da maison Chaumet, antes de ser transformada num colar usado pela Maharani Sanyogitabai Devi de Indore, imortalizada num retrato modernista de Bernard Boutet de Monvel.

O diamante passou ainda pelas mãos do joalheiro Harry Winston, que o reinventou como um alfinete, emparelhando-o com um diamante branco de igual dimensão. Hoje, surge reinventado: um anel contemporâneo desenhado pela prestigiada JAR, joalheiro parisiense conhecido pelas suas criações escultóricas.

Mais do que o seu tamanho ou origem nobre, é a raridade que torna o Golconda Blue verdadeiramente excecional. Trata-se de um diamante Tipo IIb, uma categoria extremamente rara caracterizada pela presença de boro (que confere a cor azul intensa) e ausência de nitrogénio. A certificação “fancy vivid” atribuída pelo Gemological Institute of America coloca-o entre os mais extraordinários diamantes azuis do mundo.