DESCOBERTO SÍTIO ARQUEOLÓGICO NO BRASIL
Uma descoberta arqueológica revolucionária em São Luís, Maranhão, está atraindo atenção global: evidências preliminares sugerem que o **Sítio Arqueológico Chácara Rosane**, localizado no bairro Vicente Fialho, pode ser mais antigo que as famosas pirâmides do Egito. A pesquisa, liderada pela empresa W Lage Arqueologia — que atua na região desde 2019 —, revelou enterros humanos e um acervo de artefatos que prometem redefinir o conhecimento sobre as primeiras ocupações humanas nas Américas.
– Desvendando um Legado Pré-Histórico
O local foi identificado como um sambaqui, um tipo de montículo artificial construído por povos ancestrais em regiões costeiras. Nele, foram encontrados 43 sepultamentos humanos e cerca de 100 mil artefatos, incluindo conchas decoradas, ferramentas de pedra e fragmentos de cerâmica. Esses montes, formados por restos de alimentos, materiais orgânicos e túmulos, são janelas para entender o cotidiano de comunidades pré-históricas.
Estudos iniciais indicam que o sítio pode datar de mais de 5 mil anos a.C., possivelmente chegando a 7 mil anos de antiguidade. Se confirmado, seria significativamente mais antigo que a Grande Pirâmide de Gizé (construída por volta de 2.500 a.C.).
– Desafios e Descobertas na Pesquisa
A região já era alvo de interesse arqueológico desde os anos 1980, mas as escavações enfrentaram obstáculos. A construtora MRV, responsável por empreendimentos imobiliários próximos, inicialmente resistiu às investigações. Porém, seguindo as leis de licenciamento ambiental, a empresa contratou a W Lage Arqueologia, que confirmou a relevância histórica do sítio.
– Pistas sobre um Modo de Vida Ancestral
Dos 43 sepultamentos, dois foram descobertos em 2020. Análises osteológicas revelaram que os indivíduos tinham estatura baixa e levavam vidas marcadas por intensa atividade física, como caminhadas prolongadas e remo — evidenciado por marcas robustas de músculos nos ossos. A diversidade de idades nos restos sugere uma comunidade organizada e ativa.
– Mistérios Pendentes e Colaboração Global
Apesar do entusiasmo, os pesquisadores mantêm cautela. Datações por radiocarbono e análises detalhadas ainda estão em andamento, com participação de laboratórios internacionais para garantir precisão. Wellington Lage, coordenador do projeto, destacou ao G1 que a equipe evita divulgar detalhes prematuramente, priorizando o rigor científico.
A descoberta não só ressalta o patrimônio pré-histórico do Brasil, mas também levanta questões sobre migrações humanas e desenvolvimento cultural nas Américas. Enquanto as investigações continuam, o Sítio Chácara Rosane promete aprofundar nossa conexão com as raízes mais antigas da humanidade.